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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Amamentação

Durante toda a gestação sempre me preocupei com o lance de conseguir amamentar a Raquelzinha. Tinha receio de não conseguir pois sempre ouvi minha mãe e meu pai dizendo que nenhum de nós três tinha mamado no peito porque minha mãe tinha tido figo no peito. Nunca soube direito o que eram os ditos figos no peito. Pois bem, pensando que não queria seguir os mesmos passos da minha mãe, resolvi durante a gestação fazer algumas coisinhas que me diziam que era boas para preparar os seios. Apesar de que maior parte dos profissionais da saúde são extremamente contra preparar os seios para a amamentação - a explicação deles até que é bem plausível, dizem que quando fazemos determinados exercícios nos seios, o cérebro entende que está na hora do bebê nascer e emite sinais para o útero... e isso acabou levando segundo alguns profissionais da saúde a um elevado número de casos de bebês prematuros.  Bem, continuando as coisinhas que fiz para preparar os seios foram as seguintes: passei bucha durante o banho, fazia massagem nos seios, não lavava com sabonete os mesmos, secava com secador (dica que li no folheto da Neobaby e que segundo eles substitui o banho de sol que em Curitiba é artigo de luxo), tomei leite e usei as conchas de amamentação a partir da 32 semana segundo recomendação da minha obstetra.  Ah, vale dizer que vi muitas matérias na internet sobre formas corretas de amamentar, principalmente sobre a pega adequada do bebê no seio e participamos de algumas palestras sobre o assunto. 
Depois de tudo isso era só esperar a Raquel nascer e colocar ela no peito pra mamar. Na maternidade logo que ela veio pro quarto comigo, a enfermeira tentou colocar ela no meu peito pra que ela fosse se acostumando com o cheiro e tal. Mas como eles nascem com um reserva de assim dizer calorias e Raquel estava querendo só dormir, ela nem quis saber de peito. Depois de algumas horas ela resolveu pegar o peito e realmente não existe nada que possa explicar a sensação maravilhosa que é ter seu filho no seu seio. É lindo!!! E aparentemente nesse momento foi tudo normal, tudo bem. Depois disso começamos a colocar Raquel no peito de três em três horas e o ritual era sempre o mesmo: mamava 15 minutos num peito e 15 no outro e depois eu passava uma pomada nos seios que foi prescrita pela obstetra e que não precisa lavar antes de dar de mamar. Importante dizer que neste momento da amamentação o leite que temos ainda é o colostro, pois o leite mesmo só desce no 3 ou 4 dia depois do nascimento do bebê. Não sabíamos desse detalhe. Uma das noites na maternidade dei de mamar 40 minutos pra Raquel e ela continuava chorando. Trocamos fralda, pegamos no colo e nada dela parar de chorar. Chamamos a enfermeira do berçário e ela sugeriu que fosse dado um complemento no copinho pra Raquel. Demos. E foi a cena mais marcante dos dias de maternidade: enfermeira oferece o copinho na boca da Raquel e ela põe as duas mãozinhas no copinho, toma desesperada o leite, arrota e dorme em questão de sei lá, 3 minutos. Confesso que esse episodio me deixou bem nervosa. Não sabia que o leite demorava pra descer e fiquei me sentindo culpada por não conseguir matar a fome da pequena. 
Não sei quando, mas acabei machucando os dois seios. Tudo por não saber retirar a boquinha dela do bico do seio. Esses machucados foram aumentando e em consequência disso a dor também. Cheguei ao ponto que via estrelinhas cada vez que ela pegava no seio. Esse fato acabou me deixando bem transtornada e nervosa. Foi com a ajuda das enfermeiras do NeoBaby que consegui encarar a dor e continuar amamentando mesmo com os seios em frangalhos. Na verdade aprendi com elas que era ótimo usar o próprio leite como cicatrizador. Passava o leite e secava com secador. O fato é que as coisas foram melhorando e beleza, fiquei feliz pois ia conseguir amamentar tranquilamente minha bebê.
Não foi bem assim. Há uns dez dias meu seio esquerdo começou a doer mais do que o normal (pois ele nunca parou de doer totalmente), ele doía não só durante as mamadas mas no intervalo entre elas também. Chegou ao ponto de que se encostava ele latejava de dor. E aí nessa hora, realmente recorri a Deus. Dava de mamar rezando, pedindo encarecidamente que me permitisse alimentar minha filha. Enviei mensagem para minha médica explicando o que tinha acontecido e ela orientou a aplicar no nariz ocitocina spray - que ajuda a descer mais facilmente o leite e assim o bebê não precisa fazer tanta força na hora da sucção - pois bem, pra mim o lance amenizou a dor, mas como graça a Deus tenho bastante leite, era eu tomar esse lance e cinco minutos depois meu leite começar a escorrer literalmente. Fomos novamente atrás das meninas do NeoBaby e elas verificaram que Raquelzinha pega direitinho o seio, que ela não tem sapinho na boca e que meus machucados lá de trás não cicatrizaram de verdade. Me recomendaram usar uma pomada que é antibiótico chamada TROFODERMIN e que nossa, está fazendo total diferença no processo de amamentação. Cinco dias após começar a usar ela, já consigo dar o peito sem chorar. Ainda dói conforme a posição que coloco Raquel para mamar, mas tudo muito dentro do suportável. Vou usar a pomada até consultar novamente com a obstetra. 
Se mais mulheres tiveram dificuldades ou não com a amamentação e quiserem deixar seus depoimentos, acho que vai ser uma boa forma de ajudarmos futuras mães neste ato tão bonito.

Coisas úteis para quem vai iniciar o processo:
  • Observe se a pega do bebê está correta;
  • Tire sempre a boquinha dele do seu seio da maneira correta - com o dedo mínimo;
  • Sempre retire a saliva do bebê após as mamadas com o seu próprio leite;
  • Passe seu leite no seio após a mamada e seque com secador;
  • Dê de mamar num lugar tranquilo, de preferência sozinha com o bebê - principalmente neste início de processo;
  • Não dê ouvidos a palpites negativos de pessoas que não tem conhecimento;
  • Se prepare psicologicamente para este momento.

Baby Rock Fest ! [post do Jardel]

Achei a idéia legal, quem sabe pegue por aqui. Pena que esta aqui já passou.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Diário de uma mãe sincera [post do Jardel]

Pessoal, li esta matéria na super, achei interessante, e estou compartilhando com vocês.
É legal ver o que passamos, contado por outras pessoas, tudo é tão parecido, no final das contas.


O texto da revista foi tirado do site Mãe Geek. Fica a Dica !
Vou dar um pulo la pra ler.

Enjoy.


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Nas telas do cinema e da TV, as grávidas estão sempre em estado sublime, belas, felizes. Na vida real, não é bem assim. Na verdade, ela é muito mais punk: uma revolução de hormônios em que o corpo se deforma, a coluna dói, as pernas incham, o estômago se revira, a barriga coça e, a certa altura, até respirar fica mais difícil. A gravidez, esse processo tão central na vida, vem se tornando uma coisa cada vez mais misteriosa à medida que as mulheres escolhem ter cada vez menos filhos, e mais tarde. Saem de cena as longas conversas com as avós e entram as informações nem sempre confiáveis espalhadas pela internet, prestes a serem lidas por desesperados pais e mães de primeira viagem - como eu, que recentemente tive meu primeiro filho. Esse processo teve vários momentos que eu não imaginava, e que certamente vão surpreender você. Das descobertas iniciais à temida hora do parto, confira a seguir o relato de uma mãe sincera.


Primeiro mês

Antes da surpresa


Um dia, sem saber, acordei com um protótipo de ser humano dentro de mim. No primeiro mês, a maioria das gestantes ainda não sabe que está grávida. Era meu caso. Fiquei grávida aos 25 anos em uma época em que a maior parte das mulheres que eu conheço adia esse momento para depois dos 30, sabendo que eventuais problemas de fertilidade podem ser contornados pela medicina. Ao contrário da minha avó, não fui treinada para ser mãe. Mas, graças às conquistas da geração anterior, para estudar e trabalhar. Por isso, sabia quase nada sobre uma gravidez de verdade. Nem desconfiava que o meu corpo estava prestes a sofrer um golpe de estado dos hormônios e passaria por uma revolução.

31,3% das brasileiras têm filho depois dos 30 anos

Durante a gravidez a barriga cresce em média 1 cm por semana, medida da base do osso pubiano até o umbigo.

Tamanho da barriga - 4 cm

Segundo mês

Hora da hipocondria


Por insistência do meu marido, fiz um teste daqueles que se compram na farmácia. Eles reconhecem na urina o hCG, hormônio típico da gravidez. Positivo! Engraçado como a natureza prepara as mulheres para a notícia: aumenta os níveis de hormônios (além do hCG, progesterona e estrogênio), que junto com os clássicos enjoos causam depressão, irritação, sono e cansaço. Meu estado era esse, e não para menos: o organismo da gestante em repouso trabalha mais do que o de uma mulher normal escalando uma montanha. Em apenas 3 meses eu fabricaria a placenta, um órgão inteiro, parecido com o fígado. Meu metabolismo estava acelerado. E meu sistema imunológico, mais fraco - mecanismo natural para garantir que ele não expulse o feto lá de dentro. Afinal, o bebê é um corpo estranho, com identidade genética própria, como um órgão transplantado. Eu começava também a virar uma hipocondríaca virtual: pesquisava tudo o que sentia na internet. Mas o alívio veio com a primeira ultrassonografia. Estava tudo ótimo. E aí finalmente a ficha caiu. Apertei a mão do meu marido. Seríamos pais. Choramos. Pronto, aí estava o momento bonitinho que eu via nos filmes. Interrompido pela dura realidade: um baita enjoo.

Na gravidez, o volume de sangue no corpo aumenta 30%

E os batimentos cardíacos sobem de 60 para 80 por minuto, em média.

Tamanho da barriga - 8 cm

Terceiro mês

A hora de contar


Os médicos recomendam esperar até o fim deste mês para contar por aí a novidade, pois 30% das gestações terminam espontaneamente neste período. É claro que eu não aguentei esperar. Mas era só dizer que estava grávida para que as pessoas se lembrassem de histórias terríveis, como a da vizinha que morreu junto com o bebê. Difícil saber o que leva as pessoas a contar essas coisas, mas talvez contribuísse o fato de que eu ainda não parecia grávida. O embrião pesa cerca de 4 gramas e é do tamanho de uma uva. Irônico ser um dos momentos em que as filas exclusivas para gestantes são mais necessárias - no terceiro mês, os enjoos duram dia e noite.

Náusea pode ser bom. Segundo a Universidade da Carolina do Norte, mulheres que sofrem enjoo no início da gravidez têm 3 vezes menos chance de sofrer aborto espontâneo

Tamanho da barriga - 12 cm

Quarto mês

Voltei a ser bonita

A barriga passou de pancinha de chope a uma autêntica barriga de grávida. O marido começou a me achar linda (e o melhor: dizia isso todo dia). As pessoas me davam lugar no ônibus e nas filas. Agora a coisa começou a ficar boa. Mas nem tanto: meu útero crescia rápido - de 9 cm até o fim da gravidez chegaria a uns 40 cm de diâmetro, 20 vezes seu tamanho original - e eu já sentia as dores dos ossos pélvicos se abrindo para a passagem do bebê. Era um festival de sensações esquisitas: pontadas no quadril, pressão no ventre (como se alguém me empurrasse para trás) e muita coceira no abdome, sinal de que a pele se esticava. Tenho 1,60 m de altura e meu peso ideal é 50 kg. Os médicos recomendam que se ganhe apenas 9 kg durante a gravidez. Mas até o fim eu engordaria 15 kg. Desesperada, segui todos os conselhos para evitar estrias, varizes, flacidez. Usei hidratantes para gestantes, entrei na hidroginástica, comprei meias antivarizes (um verdadeiro instrumento de tortura). E no fim descobri que o que pesa mais é a genética. Como minha mãe não tem estrias, respirei aliviada. No ultrassom deste mês, descobri que o feto na minha barriga era um menino.


Grávidas não precisam comer por 2. A média de calorias recomendada durante a gestação é cerca de 2 mil, o mesmo de uma pessoa normal.

O feto já pesa 35 vezes mais do que no mês anterior.

Tamanho da barriga - 16 cm

Quinto mês

Mãe? eu?


Era maio. Dia das Mães à vista e, além de ganhar presentes, claro, o que eu mais queria era de fato me sentir uma. A ligação emocional com o bebê na barriga não acontece de repente. Aquele desenho do ultrassom ainda era muito abstrato. Meu marido também não se via ainda como pai. Nesta época, li o livro O Conflito, a Mulher e a Mãe, da filósofa francesa Elisabeth Badinter. Ela não acredita em instinto materno e diz que, para os seres humanos, a gestação envolve transformações psicológicas e sociais nada fáceis. Pensamos, logo nos preocupamos. Em não ter mais tempo para nós, não poder trabalhar como antes, ter que alimentar e educar uma criança e ainda guardar dinheiro para comprar um videogame no Natal. O que me tranquilizou foi justamente um jogo: Guitar Hero, que ganhei do meu pai. Receber um brinquedo significava que eu ainda era filha também. Podia contar com outras pessoas e continuar fazendo as coisas de que gosto. Eu seria mãe, mas ainda era eu. Aproveitei e me inscrevi com meu marido num curso para novos pais.


A ocitocina é o hormônio que, após o parto, ajuda na ligação emocional com o bebê. Também é chamado de hormônio do amor e associado à sensação de prazer

40% é o quanto a concentração desse hormônio aumenta após o orgasmo.

Tamanho da barriga - 20 cm

Sexto mês

A ioga que salva


A barriga andava tão grande que pegar qualquer coisa no chão virou um baita contorcionismo. Além disso, meu senso de equilíbrio estava louco: com o crescimento do útero, o umbigo muda de posição a cada mês e, com ele, o centro de gravidade do corpo. Para compensar, sem perceber, a mulher joga a cabeça e a parte superior do tronco para trás. Fica toda torta, andando como pato. As articulações também ficam mais frouxas por culpa da progesterona, que relaxa o corpo. Resultado: mais chances de tombos (um dos motivos por que grávidas precisam se sentar no ônibus). A coluna também sofre: a essa altura eu já estava carregando o equivalente a um saco de arroz de 5 kg. Por tudo isso, resolvi sair da frente do computador e entrar numa aula de ioga para grávidas. Aprendi técnicas de equilíbrio e novas formas de me abaixar e levantar. Ir ao chão, só me agachando e nunca inclinando para a frente. Levantar da cama, só de lado e apoiando as mãos no colchão. Aprendi posições novas para dormir. Consegui manter alguma agilidade, pegar todos os objetos que caíam e até fazer faxina até o último mês de gravidez.

A progesterona relaxa o corpo durante a gestação. Sem ela, o útero poderia expulsar o feto (como o que acontece no trabalho de parto)

Tamanho da barriga - 24 cm

Sétimo mês

Ai, minhas costelas


A reta final é uma época de exames chatos. Como a curva glicêmica, para detectar a diabetes gestacional. Para medir a capacidade do meu corpo de processar glicose, me fizeram tomar 200 ml de glicose pura. É rosa e mais doce do que o pior refrigerante que você puder imaginar. Apesar do sofrimento, passei na prova. Estranho saber, mas nessa fase o bebê já está tão completo que havia unhas e cabelos dentro da minha barriga. Ele passava o dia nadando em líquido amniótico (também bebia o líquido, que é doce, fazia xixi lá dentro e depois bebia de novo). Rodopiava, chutava, socava. Eu sentia cada um daqueles movimentos, e era bem divertido. A não ser quando ele chutava minhas costelas com tanta violência que me dava um susto. Ou quando passava a noite inteira zanzando dentro de mim enquanto eu tentava dormir. Aliás, de todas as dezenas de conselhos que as grávidas ouvem sem pedir, um dos mais frequentes é dormir muito (porque depois que o bebê nascer...) Mas como? Além dos chutes, eu também acordava 3 a 4 vezes por noite para ir ao banheiro.

Ao fim deste mês, o feto já está pesando mais de 1,5 kg

As grávidas fazem mais xixi por 2 motivos: aumenta a quantidade de líquidos em circulação no corpo e o útero pressiona a bexiga.

Tamanho da barriga - 28 cm

Oitavo mês

Lotação esgotada


Entrei um dia em uma farmácia e a atendente me perguntou se eu esperava gêmeos. A barriga já estava tão grande que era difícil acreditar que ainda poderia crescer mais. E olha que o bebê, que agora já tinha cerca de 1,5 kg, ainda dobraria de peso. De tão grande e apertado lá dentro, de vez em quando dava para ver um pezinho meio Alien se arrastando sob a pele da minha barriga. Era ao mesmo tempo assustador e muito engraçado. O bebê já estava de cabeça para baixo e o útero agora era tão grande que pressionava o diafragma, e respirar parecia mais difícil. Com retenção de líquidos, meu corpo estava inchado. Ao fim do dia, meus pés pareciam pantufas. Eu contava os dias para o fim da gestação e não aguentava mais de curiosidade para ver que cara o bebê lá dentro tinha. Também já sentia que teria saudade daquela barriga - afinal, àquela altura eu já tinha aprendido a conviver com ela. E era perfeita para apoiar o balde de pipocas durante um filme.


Uma das crendices mais comuns, tentar adivinhar o sexo do bebê pelo formato da barriga é um método sem comprovação científica.

Tamanho da barriga - 32 cm

Nono mês

O fim e o início


Meu marido passou a gestação inteira repetindo a teoria que leu no livro Eu, Primata, do cientista holandês Frans de Waal: durante a evolução, quando viramos bípedes, ganhou o páreo quem tinha a bacia mais chata e gastava menos energia ao andar. A bacia arredondada ficou para trás. Por isso nascer ficou tão difícil e doloroso para nós. Ainda bem que pelo menos evoluímos o bastante para inventar a anestesia. Por isso decidi encarar o parto normal - e na metade do processo eu tomaria a bendita injeção. Meus amigos fizeram um bolão para ver quem acertava o dia. Ninguém ganhou. Esperei o máximo possível, e nada. Ao fim de 42 semanas, ou 10 meses, foi preciso induzir o trabalho de parto. Os médicos injetam ocitocina direto na veia, o que leva às dolorosas e temidas contrações. O processo todo durou umas 12 horas. As contrações iam ficando cada vez mais próximas e doloridas, como se alguém apertasse a minha barriga pelo lado de dentro. Mas ainda era um clima tranquilo. Meu marido ficou o tempo todo ao meu lado fingindo superbem que não estava nervoso. Eu caminhava pelo corredor do hospital, fazia exercícios de ioga. Chegamos até a começar a assistir um episódio da série de comédia The Office no notebook que eu, precavida, tinha levado comigo. Até a hora que a bolsa estourou. Veio um aguaceiro e eu comecei a sentir as dores mais fortes da minha vida.

- Estou quebrando no meio!, eu gritava para o meu marido e para as enfermeiras. "Chama o médico! Anestesistaaa!"

Mas quando o médico enfim chegou, me examinou e viu que eu não tinha dilatação nenhuma (a abertura do útero pela qual o bebê tem que passar). Tivemos que partir para o plano B: cesariana. Depois de uns 20 minutos de cirurgia, tiraram o bebê lá de dentro. Meu marido se acabava de chorar. Já o bebê só começou com o corte do cordão umbilical - perdeu a fonte de oxigênio que vinha de mim e passou a usar os próprios pulmões. Estávamos desconectados. Ele ganhava o mundo. E eu, um filho. Que agora seria meu companheiro em tantas outras descobertas como mãe. Mas essa é outra história.

Na cesariana, é feito um corte de cerca de 10 cm que atravessa 7 camadas de tecido até chegar ao útero.

Por isso há mais riscos de infecções para a mãe e bebê e a recuperação pós-parto é mais demorada.

Em 2010, as cesarianas foram 52% dos partos no Brasil. A média recomendada pela OMS é de 15%.

Tamanho da barriga - 36 cm

O nascimento
O bebê pesa em média de 2,5 a 3,5 kg e nasce com uma reserva de glicose para 3 dias, tempo que o leite materno leva para surgir (antes disso vem o chamado colostro, um líquido carregado de anticorpos). Com a dieta, a criança sai do hospital 10% mais leve.

1 mês de Raquel [post do Jardel]

Olá amigos, chegou a hora de dar minha versão desta história, que a Kely tão bem contou no post anterior. Primeiro lugar, como vocês podem ver, nossos posts diminuíram bem este mês. Porque será? ;)

Eu nunca fui muito de pegar bebês no colo, achava bonitos e tals, mas sempre achei eles muito sensíveis e pequenos e frágeis pra mim. O medo de pegar errado, fazer chorar, era sempre maior, por isto meu contato com estes serzinhos sempre foi visual. Até que a Raquel nasceu. E la foi o pediatra colocar ela nos meus braços. Tudo bem, foi tranquilo, não senti medo, só a emoção do momento. Agora com um mês, acho que já estou pegando o jeito. Claro que nada substitui a mãe, o cheiro do leite. As vezes não consigo fazer a pequena parar de chorar, chega a Kely, pega ela, e ela se acalma. Até dava pra fazer um destes desenhos: "Que bruxaria é esta?". Nossa teoria é o cheiro da mãe acalma ela.

Já estamos conseguindo dormir melhor, e estamos um pouco mais descansados. Já até conseguimos assistir filmes e series, vejam só. A Raquelzinha ta com uma bardinha, que colocamos ela no berço ela chora, colocamos na nossa cama (colchão box), ela fica quietinha. Esperta esta menina, quer dormir no colchão grandão né filha? Vamos tentar tirar esta mania este próximo mês, senão já viu neh? Depois de acostumar, só chamando a super nanny.

Já voltei a trabalhar, e é tão bom chegar em casa e ver ela. Beijar aquelas bochechinhas. Da saudades. Esta vida de papai trabalhador não é fácil.

Ela cresceu 3cm neste mês. Rumo a 1,80m. Eu acredito. Não engordou muito, porque demoramos pra pegar o jeito na amamentação, mas agora tudo está nos eixos. As dores para amamentar estão quase acabando, semana que vem pra frente é só alegria.

Ela é tão linda, não tinha como não ser, puxou o papai, e as vezes parece que da um sorrisinho, vix, fica mais linda ainda. E até quando chora e faz biquinho hehehe, é linda.

Ontem rolou mais uma vacina, na coxinha. Até que foi tranquilo. Sempre ficamos com medo de dar febre, ou algum outro revertério. Em relação a dor, tranquilo, nada que um colinho de mãe não sarre. O problema, eu acho, é ir no postinho. Vix, lotado, lotado, lotado. Tanto que fiquei segurando ela la fora, enquanto a Kely ficava nas filas. Por fim, nos chamaram, entrei, deram a vacina, rolou um chorinho, saímos, e pronto. Mas dizem que a próxima é a mais dolorida. :S

Domingo rolou um bolinho, de primeiro mesversário. E convidamos meu irmão e minha cunhada para serem os padrinhos dela. Serão bons padrinhos, os melhores, tenho certeza disto. Agora é planejar o batizado, acho que se faz com 3 ou 4 meses.

E pra quem não foi nos visitar, vão ! Esperamos vocês lá ! Tenho uma geladeira cheia de cervejas esperando vocês :-)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Um mês de felicidade Pura

Ontem foi dia de festa aqui em casa. Foi dia de extrema alegria em nossas vidas... tem sido um dia atrás do outro de extrema alegria. Raquel completou exato um mês de vida. Fez mêsversário e todos nós festejamos o fato dessa pequena estar fazendo a total diferença em nossas vidas. Neste tempinho convivendo com Raquel tenho descoberto o quanto é maravilhoso ser mãe. Vi que depois que a gente se torna mãe a gente se torna também um misto de mulher coragem e covarde. Sim, tem um lado nosso que está disposto a enfrentar todas as paradas pelo nosso rebento. Dói nos meus ouvidos escutar ela chorando, ainda mais quando vemos que não é um choro de bardinha e sim um choro sentido, de dor... nessas horas a coragem enche nosso peito e não interessa o que os outros nos digam "deixa chorar um pouco", "bebê precisa chorar, não fique dando manha pra criança", "chorar é normal" - o que importa é que quero ver ela bem, calminha e se pra ela ficar assim eu tiver que dar colo, vou dar colo... o lance da coragem e da covardia caminham lado a lado quando o quesito é vacina. Tem um lado meu que morre de medo de ver ela chorando quando toma injeção. Nesse mês fizemos a segunda dose da vacina contra hepatite e resolvi cheia de coragem que eu que iria segurá-la no colo. Beleza, segurei, mas ao mesmo tempo fui covarde pois não consegui olhar pra enfermeira injetando a dita cuja da vacina. 
Quando a gente chegou com Raquel em casa há um mês atrás tudo era muito desconhecido e mágico e às vezes assustador.... Neste um mês as coisas foram deixando de nos assustar tanto, fomos nos adaptando bem a nossa menina e acho que ela a nós. Tudo que ainda nos assusta é relacionado a saber se ela está ou não bem. Se o chorinho é de dor de cólica mesmo ou está doendo outra coisa... pra isso geralmente usamos o telefone e ligamos pro nosso pediatra que aliás tem sido muito mas muito atencioso. Todas as vezes que precisamos ligar ele sempre acabou nos tranquilizando. Todas as dúvidas, sempre que temos fazemos questão de esclarecer, afinal de contas melhor pecar pelo excesso que pela falta.
Neste período recebemos muitas visitas. Pessoas que fizeram com que essa fase pela qual passamos se tornasse ainda mais feliz. De um modo geral as pessoas que vieram conhecer a Raquel nos ensinaram também através de suas vivências coisinhas que neste momento tem sido muito válidos. Pra mim, toda mulher que chegava aqui em casa eu perguntava sobre amamentação - ponto que vou escrever num outro post - sobre as crises de cólicas, sobre vacinas, sobre berço.... sobre coisinhas que a maior parte dos pais já passaram e que nos deixam mais dentro da realidade, ou seja, não somos os únicos com tantas dúvidas. 
Ontem foi dia de festa aqui em casa. Aproveitamos a data festiva para fazer o convite para o Jouglas e Joice para serem os padrinhos de Raquel. Foi um momento bem lindo também... com lágrimas, sorrisos, abraços e muitas fotos... Sabemos que Raquel vai ter ótimas pessoas como seus padrinhos, com quem ela sempre vai poder contar. 
Outra coisa que evitamos um pouco neste um mês foi ficar saindo muito com Raquel. As saídas que demos foram geralmente rapidinhas e procurando evitar lugares fechados com um aglomerado muito grande de pessoas. Nosso pediatra nos aconselhou a viajar com ela apenas depois das vacinas dos 2 meses e resolvemos seguir as instruções. Enquanto ela não viaja, temos passeado com ela na casa do vovô e da vovó e em consultas médicas. Parece pouco, mas essas saidinhas já nos fazem um bem danado. 
O soninho de Raquel parece ter começado a fixar horários. De dia ainda é bem instável. A gente nunca sabe depois de qual mamada ela vai quere dormir. O que começou a ter uma rotininha é o sono noturno. Ela faz a última mamada lá por 22 ou 23 horas e acorda exatamente 4 horas depois. Mama, mama e dorme novamente e acorda 4 horas depois novamente. Uma maravilha pra mim que antes estava dando de mamar de duas em duas horas...A mamada dela também começa a ter um padrão. Geralmente de 15 a 25 minutos. Se ela mama muito pouco em uma das mamadas, na próxima ela compensa mamando um montão. Coisa mais linda de se ver!!!
É isso, resumidamente esses 30 dias fora maravilhosos. Foram dias de intensas descobertas e que fazem a gente ficar pensando "Nossa, já foi um mês" "O tempo passa muito rápido"... já me vejo cantando pra Raquelzinha bem dentro em breve aquela canção "menininha do meu coração, fique pequenininha na minha canção"...


Resumo em fotos de Raquel


Hora exata do nascimento
Primeira foto em família

Primeiro dia em casa!
  
Bochechas

Olhando a girafinha do berço

Detalhe na mãozinha dela

Bochechas

Bochechas

Lindos

sábado, 14 de janeiro de 2012

E a opinião muda....

Antes de Raquel nascer, durante a gravidez eu tinha vários conceitos que queria seguir quando ela nascesse. Sério, na minha cabeça tinha em mente várias convicções como "minha filha não vai usar chupeta", "Raquel vai dormir no bercinho dela desde o primeiro dia" "não vou querer ajuda pra cuidar dela" "não vai dormir na cama comigo" e outras que agora não me recordo. Acontece que a prática nos ensina a quebrar nossos próprios conceitos. E olha que é difícil admitir que você vai quebrar a sua própria palavra. Pelo menos para mim é bem complicado admitir que as coisas estão andando diferente do que eu imaginei.  
Com relação a chupeta, Raquel nem gosta tanto assim dela. Acontece que quando ela está com fome, ela coloca os dedinhos, quando não quase a mão toda dentro da boquinha e chupa com tanta mas tanta força que é até difícil de tirar a mãozinha dela de dentro da boca. Chega a fazer barulhinho dela chupando. Então, entre deixar ela com mania de chupar dedo ou chupar chupeta, preferível a segunda opção. Já vimos no entanto que não adianta dar chupeta pra ela quando ela está com a barriguinha cheia, ela faz ânsia de vômito e joga a chupeta longe. Outro dia, jogou longe e se afogou...
Com relação a caminha da Raquel é o que mais pegou pra mim e ainda está pegando. Nos primeiros dias tivemos visitas aqui em casa, então ficava meio complicado deixar a pequena dormir sozinha no bero, pois a rotina da casa não era aquele ainda. Bem, acabamos levando ela pra dormir na cama comigo. Isso comigo, pois Jardel acabou usando o velho e bom colchão do lado da nossa cama. As visitas foram embora e Raquel foi pro berço. Na maior parte dos dias que ficou lá, não tivemos nenhum problema. Ela dormiu super bem. A questão é que o pediatra dela já tinha sugerido de deixarmos ela no nosso quarto pelo menos até ela fazer quatro meses e depois passamos ela pro quartinho dela. Minha resposta pra ele foi NÃO!!! De uns dias pra cá Raquel tem estado meio inquieta. Tem dado umas tossinhas, se joga pra trás na hora de arrotar, chora um pouquinho e já pegamos ela vomitando algumas vezes. Fui então na pediatra homeopata e ela disse que há grandes suspeitas de que a pequena esteja com refluxo. Ela deu umas gotinhas para Raquel tomar e deu a seguinte dica "deixem ela dormindo no quarto de vocês até pelo menos quatro meses, pois vocês precisam ficar bem atentos com relação a suspeita de refluxo"... Bem minha resposta foi então, "tudo bem" não vou correr o risco de deixar Raquelzinha passando mal no quartinho dela... o fato é que preferimos garantir a segurança e o bem estar da nossa pequena... pois realmente, andamos tão cansados que eu não sei de verdade quanto tempo levo pra atender os chamados dela quando ela acorda de madrugada. O que temos procurado fazer é deixar ela no nosso quarto a noite e de dia no berço dela. Mais pra frente quando descartarmos o refluxo vamos adaptando ela no quartinho.
Com relação a aceitar a ajuda das pessoas para cuidarem de Raquel, já mudei de ideia radicalmente. Várias pessoas já vieram ficar conosco esses dias, olhando Raquel enquanto eu e Jardel descansávamos um pouquinho. Somos bem gratos a essas pessoas. Foram elas que me ajudaram a deixar os choros de lados. Já consigo conversar com as pessoas sem chorar. Vamos curtindo cada dia mais os momentos com nossa pequena. 
E com relação a dormir na cama comigo, percebi que depois da mamada da 1 da manhã ela dorme bem gostoso no meu colo, mas quando vou colocar na cama, começa a chorar. Volto, embalo, dorme e berço... e choro novamente....embalo, dorme e coloco pra dormir comigo e adivinhem? Dorme que é uma maravilha. Affff, essa realmente parece ser uma bardinha... dessas bem gostosas inclusive pra mim...pois enquanto ela dorme gostoso eu também durmo mas realmente nada seguro ... Temos tentando tirar essa mania...vamos ver como ela vai se comportar essa noite. 
Queremos agradecer ao pessoal de Floripa que nos deram uma injeção de ânimo, ao meu irmão e família, aos amigos titios Diego e Graci que tem sido ótimos companheiros de conversas e olheiros atentos a Raquel permitindo que eu tire algumas sonecas a tarde, a Andréa que dormiu aqui com a gente hoje e conseguiu colocar a Raquel no berço depois da mamada da 1 da manhã depois de algumas tentativas e aos amigos Teotônio e Gisele que acharam a funchicória pra gente e ainda nos emprestaram a babá com vídeo e ainda nos levaram ao médico!!! Valeu de coração a todos!!!Todos tem deixado esse nosso momento muito mais feliz....





quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Banhos de Raquel

Outro dia falei rapidinho que Raquel não gosta de tomar banho com muita gente olhando ela.  Descobrimos que Raquel na verdade adora tomar banhinho... fica muito calminha, não dá nenhum chorinho... Coisinha mais fofa de se ver dentro da água. Nos primeiros dias ela chorava bastante, só se acalmava quando virávamos ela de barriga para baixo. Descobri que o segredo pra deixar ela super calminha é ir colocando ela bem devagarinho na água. Molho os pezinhos, depois as perninhas, meio que deixo ela sentadinha dentro da banheira.  Vamos molhando costinhas, barriguinha e afins e ela fica numa calma só. Fofa demais de se ver. Outra forma de banho que deixa Raquel hiper calminha é o banho de balde. Demos três banhos de balde até agora. No último ela dormiu sentadinha no balde. Parecia que realmente estava novamente na minha barriga. Ainda não tenho as fotinhos do balde, mas assim que tiver coloco elas aqui.  

Acho que já falamos também que ela está com um pouquinho de amarelão. Ontem a Maira e o Seu Gilmar conseguiram pra gente o tal chá de picão. Demos o banho com o chá. Temos feito tudo que tem nos recomendado para que o amarelão bobão vá embora. Ficamos muito gratos pelo chá que os avós de coração conseguiram pra gente.






segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Nova Seção [Post do Jardel]

Copiado do blog do Joaquim, estreamos aqui no canto superior direito a seção:

Raquelzinha Crescendo !!

Rumo ao 1,80m filha, eu acredito !!!

Cólicas e Dores e etc [post do Jardel]

Dizem que cólicas são comuns em bebês. E começaram na nossa Raquelzinha. Fazem 2 dias que ela está meio manhosinha, meio reclamandinho de dores. E nós, pais de primeira viajem, fazemos tudo que está ao nosso alcance. Massagens, bicicletinha, coisinhas quentes na barriga etc. tudo funciona um pouquinho, mas nada parece realmente resolver. Também seguramos ela de barriga pra baixo, com a mão na barriga dela, resolve um pouco, mas não sara. Pesquisando na internet e conversando com amigos, vimos que funchicórea é bom pra isto. Então fui comprar. Passei por 7 farmácias e nada. Então liguei pro pediatra, expliquei que ela não estava nem conseguindo dormir direito, e ele fez algumas recomendações, entre ela, dar um remedinho (flagasss) de 6 em 6 horas, por 3 dias. Vamos tentar isto agora. E daqui alguns dias nos consultar com um pediatra - homeopata para ter outra solução, mais natural. E vamos que vamos, torcendo pra que ela melhore das dorzinhas. Dizem que tudo passa em 3 ou 4 meses.

Ontem rolou um banho-de-balde-noturno, as 4:30 da madruga, pra ver se aliviava as dorzinhas. Só conseguimos dormir as 7:00h da manhã. E eu logo acordei pra trabalhar, e a Kely não muito depois que eu. Fico com pena da mamãe Kely estes dias. Fazem 15 dias que ela dorme no máximo 3 horas por dia, tenho medo de dar um piripake nela. A parte da privação do sono é bem complicada, claro que cada vez que olhamos pra Raquel esquecemos tudo, mas sempre temos que estar alertas conosco, senão quem vai cuidar da pequena. Tudo isto aliado a alguns estresses familiares, nos deixaram bem cansados. Mas não vou falar disto aqui, quem é próximo a nós sabe o que aconteceu ... Was a hard week ...

Quero agradecer aos amigos que estão nos ajudando com dicas e tudo mais. Com vocês por perto, as coisas ficam mais fáceis :-)
E os titios Diego e Graci que estão cuidando das meninas hoje e a titia Luana, que vai pegar o turno noturno.

E a Raquelzinha, que está fazendo minha vida muito mais feliz! Essas bochechinhas :-D

Hoje vamos dar mais uma vacina nela.
Prevejo choro.

Da mãe e do bebê.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Raquelzinha

Duas semanas se passaram desde o nascimento de nossa querida Raquel. De lá pra cá muita coisa aconteceu. Vivenciamos de tudo neste pequeno período de tempo. Já sorrimos muito com as descobertas que temos feito com a Raquel. Coisas bem simples mas que são tão lindas. É engraçado ver ela procurando o peito quando está com fome, parece que sou um peito gigante e que vou fugir dela, pois ela fica bem "maluquinha" procurando o seio. Quando encontra, pega com toda vontade e depois de uns 5 minutos, no máximo dez está dormindo e aí vamos nós tentar deixar Raquel acordada pra que ela mame o suficiente. Ontem ainda fomos no pediatra e ele constatou que está tudo normal com Raquel, apenas ela não ganhou tanto peso quanto deveria, provavelmente pelo fato de dormir no meio das mamadas. Outra coisa que ele nos disse é que ela realmente está com um pouquinho de amarelão, também devido a não mamar o tempo suficiente. Então, hoje começamos um intensivo de mamadas. Antes eram de 3 em 3 horas e agora diminuímos para 2 em 2 horas. Estamos usando também a tática que a Dra. Celeste nos recomendou que é deixar Raquel só de fraldinha durante a mamada e ir estimulando ela. Vi que hoje ela mamou bem mais. 
Outra coisa que tem pegado bastante é a questão do sono. Não dá pra saber o que é ter um bebezinho em casa até que você realmente tenha um. Eles são maravilhosos mas precisam exclusivamente de você e isso significa que precisam de você acordada na hora que for. Isso pega bastante. Dá uma certa desestabilizada. Raquel tem mamado lá por meia noite, o que termina lá por 1 da manhã, contando com fralda e arroto, e acorda lá por 4 pra mamar de novo. Então, as noites em que consigo dormir 3 horas direto tem sido um verdadeiro paraíso pra mim. Tenho tentando também aproveitar pra descansar durante o dia enquanto ela dorme. E assim aos poucos a gente vai entrando nos eixos no ritmo da família. 
O que posso garantir é que tem sido dias intensos, fortes e muito com os nervos a flor da pele. Pra mim basta começar a conversar com alguém que já começo a chorar. Não é de tristeza, não é reclamando é só num misto de emoções muito fortes que até então eu não sabia o que eram. É um misto de emoções fortes quando vejo Raquel com as duas mãozinhas segurando meu seio... quando ela vem com os olhinhos bem abertos chorandinho e se acalma no meu colo.... é um misto de emoções quando vejo que ela está com cólica e eu não consigo fazer passar, um misto quando penso "agora tudo certo, vou dormir" e de repente escuto um barulho de quem acaba de sujar toda a fralda e lá volto eu trocar, dar mais mama e fazer dormir novamente... 
Bem legal ver ela tomando banho. Já descobrimos que ela não gosta de tomar banho na frente de muita gente...hehehe... fica irritada, chora, reclama... quando estamos só eu e Jardel ela fica quietinha, não chora nada... no balde então, hoje ela praticamente dormiu... fica hiper tranquila... descobri também que ela soluça quando está com a frada suja de número 2. Ela detesta meias e luvinhas e vira e mexe pegamos ela sem calça.. hahaha, ela se mexe tanto que tira o pijaminha.... Ela adora andar de carro, o que não significa que goste de bebê conforto (que realmente parece hiper apertado)... é isso aos poucos vamos descobrindo coisas e mais coisas da nossa Raquel. Cada dia que passa mais linda e mais amada....