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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Viajando de ônibus com a mamãe!

Dia desses eu e Raquelzinha fomos visitar os primos e tios e voos queridos lá pelas bandas de Floripa/Palhoça. Por questões de trabalho e afins, o papai não conseguiu ir conosco. O jeito foi ir de ônibus pra lá. Raquel já havia viajado de carro algumas vezes e sempre se comportou muito bem. Quase todo o tempo de duração das viagens ela sempre ia dormindo, super tranquila. Então, achei e torci muito para que a viagem de ônibus fosse a mesma tranquilidade. 
Quando a gente vai encarar uma aventura dessas com um bebê e sem a companhia de um adulto, é preciso calcular tudo muito direitinho, evitando assim, apuros desagradáveis.  A primeira coisa que me preocupei foi com o número de bagagens que iria poder levar. Para isso, era preciso saber se ia contar com a carona do primo Cristiano lá em Floripa. Conversando com ele pelo face e tudo acertado: ele iria nos buscar na rodoviária e me assegurou que o carrinho da Raquel caberia dentro do porta-malas. O carrinho da pequena é um tanto espaçoso. Dependendo do carro e do número de bagagens ele ou as malas não vão poder entrar no porta malas. 
Levei uma mala com roupas para mim e outra para Raquel (ambas pequenas). Coloquei o necessário para mim e tudo que achava que Raquel poderia vir precisar. itens como fralda, papinhas e lenço umedecidos deixei para comprar por lá mesmo, para evitar carregar mais coisas ainda. Jardel nos levou até a rodoviária daqui. Ainda bem! Pois tivemos que atravessar a rodoviária passando por um monte de escadas. Depois de atravessarmos com carrinho, malas e claro nossa pequena, Jardel descobriu que existe um portão de acesso especial para cadeirantes e possivelmente para pessoas que necessitem atravessar o caminho estadual para o inter estadual sem subir e descer tantas escadas. Para viajar com Raquel de ônibus só precisei do meu RG e do registro de nascimento dela. Bem tranquilo. Jardel me ajudou dentro do ônibus, até eu me ajeitar direito e depois disso foi embora. Raquelzinha ficou hiper curiosa! Tudo ela olhava e dizia "Ôôôô"... coisa mais fofa. Queria olhar tudo e não queria saber de ficar sentada. Embarcaram mais dois bebês. Um sentou bem na nossa frente. Confesso que tinha esperança de ir sentada só eu e Raquel nas duas poltronas...mas o ônibus foi completamente lotado. Sorte nossa, é que a senhora que foi na poltrona do nosso lado, era muito gente boa. Fomos conversando até Balneário sobre filhos, vida, receitas e tantas coisas que nem vi o tempo passar. Raquel dormiu quase todo esse trecho. Acordou quando o ônibus ficou preso num congestionamento. Dai queria ficar em pé, sentada, deitada... queria sorrir, chorar, mamar...levei mamadeiras com água e vitamina. Tomou tudo das duas. Ficamos mais de 1 hora quase parados. A senhora desceu em Balneário e pra nossa sorte ninguém mais sentou do nosso lado. Aproveitei para trocar a fralda da Raquel no banco mesmo. Depois disso, Raquel fez manha, uma reina básica e dormiu quando faltava pouco mais de 1 hora para chegarmos. Na rodoviária, por sorte, na hora de descer do ônibus, uma senhora se ofereceu para me ajudar com a bolsa. Cristiano estava nos esperando e me ajudou com bagagens. Confesso que se eu estivesse sozinha, teria um certo trabalho em segurar Raquel dormindo, pegar as bagagens, achar um táxi e assim por diante... Não falei ainda, mas uma das piores coisas de se viajar sozinha com um bebê é o fato de você não conseguir ir ao banheiro durante o período da viagem. Nosso ônibus não fazia nenhuma parada específica para lanche ou banheiro... tive que aguentar as 8 horas entre sair de casa e chegar na rodo para ir ao banheiro.  Não deixaria de forma alguma Raquel com alguém que conheci durante a viagem e mesmo no sling, seria impossível ir ao banheiro com o ônibus em movimento e um bebê no colo.
Pra voltar pegamos o ônibus executivo. Era 15 reais mais caro. Achei que ele fosse um pouco mais confortável e tal. Na verdade ele era igual ao da ida, tirando é claro que ele tem água a bordo e que só para em Balneário e Joinville. O problema foi que acabei pegando um horário meio final de tarde e novamente o veículo estava lotado. Dessa vez, não tive a mesma sorte. Vim com Raquel dormindo quase o tempo todo, mesmo se mexendo um monte no colo e um senhor ao lado. Como estava escuro, não consegui ver de fato como estava a fralda da Raquel (chegou muitooooooo cheia em casa) e confesso que em certos momentos deu uma certa agonia o ar condicionado e os celulares tocando a todo momento. Não consegui trocar a fralda como na ida. Ela não quis tomar muito a mamadeira, mas dormiu praticamente 90% do tempo da viagem. Ah, uma coisa, bem importante, é que rodoviária é um lugar muito sinistro. Então, todo cuidado é pouco com os pequenos. É sempre bom ficarmos muito atentos e cuidar com os estranhos que chegam até nós com boas intenções.
Me perguntaram se mesmo sendo meio complicado o esquema de viajar só com um bebê, se eu iria novamente. Com certeza sim! A sensação de viajar com a minha filha foi única. Tinha alguém pra dividir o momento, para mostrar coisas interessantes do caminho, para curtir o descobrir das reações da Raquel perante tanta novidade. Falando em novidade, foram muitas neste período de estada na casa dos parentes. Vou contar mais detalhadamente em outro post. Agora, bora dormir, que a pequena ta num acorda e dorme que quero aproveitar o momento de dormir agora.