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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

...escolinha...trabalho...febre...

Voltei a trabalhar. Ufa! Pensei comigo que seria um período calmo essa volta. Não foi e não está sendo. Quando pensava em voltar ao trabalho, sempre me dava uma dorzinha no coração. Poxa, ficar longe do meu pequeno. Falo mais especificamente do Samuel, pois como Raquel já vai pra escolinha, já passei pela fase mais sofrível de afastamento dela. Mas Samuel, é um bebê. De 8 meses, mas um bebê. Sei que muitos dos bebês vão pra escolinha com 3, 4 no máximo 5 meses. Mas ok, é o tipo de coisa que não me consola., pois nenhuma das idades é a ideal. Quando seria a ideal pra se separar de um bebê? Eu respondo com absoluta confiança que a escolinha é ótima para a criança. Mas tem de ser numa doze equilibrada. Acredito que com 1 aninho o bebê ir meio período para escola é o ideal. Assim ela tem a estimulação que em casa não sabemos dar e também convive com outras pessoas. Lá pelos 2 anos ir umas 6 horas no máximo seria o sonho.
Raquel foi a primeira vez para escolinha com 10 meses. Foi em período integral de umas 10 horas. Na época a gente deixava ela perto de casa. Achávamos que seria melhor, pois se acontecesse algo, algum dos parentes poderiam nos ajudar com a logística. Na prática, Raquel ficou muito doente durante 1 mês direto. Dos 30 dias de escolinha deve ter ido uns 12. Acabou tendo meningite bacteriana. Não estou afirmando que ela adquiriu a meningite na escola. Mas os frequentes quadros de viroses e afins contribuiu para baixar muito a imunidade dela.  Tiramos ela da escola, saí do trabalho por um ano, graças a uma licença sem remuneração e aproveitei muito esse tempo a mais só com a pequena. Neste período de 12 meses ela ficou doente apenas duas vezes. E as duas foram em viagens para lugares muito quentes.
Quando a pequeno retornou pra escola no ano passado, perdi as contas de quantas vezes Raquel ficou doente durante o ano. Sério, deve ter sido umas 15. Um dos pediatras que cuidava dela sempre se referia as creches como "almoxarifados". Imaginem o motivo da comparação, né? Ele também dizia que o tempo ideal pra criança ficar nesses locais realmente é de apenas 6 horas. Mas como somos um casal em que os dois precisam trabalhar, não podemos contar com ninguém da família pra ficar com eles durante um tempo do dia, acabamos tendo que deixá-los o dia todo. Agora onde eles ficam, é mega perto do trabalho. Achamos que assim podemos curtir mais os pequenos no trajeto de ida e de volta e eles acabam ficando uma horinha a menos no almoxarifado.
Raquel adora a escola. Os amigos. As profs.
Samuel, começou a adaptação na semana passada e adivinhem? Já está no antibiótico. Sério, isso me faz muito querer mudar minha estrutura pra conseguir ficar com ele. Por enquanto ainda não posso. Mas esse sentimento de saber que você está fazendo algo por ser o mais indicado por falta de opção é foda. A melhor opção seria ele ficar só meio período. Sei que hoje, eu me sinto bem com aquela pulguinha que fica fazendo você pensar em como mudar a situação. Ainda não sei como. Tudo bem, toda criança que vai pra escola adoece. Mas de novo, não quero ficar comparando com o pior...vamos esperar ele melhorar e voltar pra adaptação para vermos como o organismo dele vai responder.
Outro dia, li alguma coisa sobre estenderem a licença maternidade para 1 ano. Sério, eu acho que isso faria um bem danado pra todos. Pros bebês que teriam o aconchego e cuidados da mãe e adoeceriam menos; pras mães, que curtiria mais esse 1 aninho, onde tudo ocorre tão rápido e também para o empregador que gastaria menos com afastamentos das mães que acabam tendo que dar atenção aos seus pequenos.
Esse primeiro ano de vida é tão mágico e assustador. Um dia você acorda com um bebezinho nos braços. No dia seguinte ele já se vira de um lado para outro.. dois dias depois ele consegue se apoiar sem a sua ajuda... uma semana mais adiante ele rola pra todos os lados... dois minutos depois ele senta sozinho e você diz: "nossa, ele sentou sozinho"... um mês adiante ele engatinha correndo por todos os cantos da casa...e com um ano de idade ele já caminha. Se eu estiver trabalhando em período integral eu ainda vou ver um pouco desses momentos... mas sei que vou ver só os pedaços... isso me deixa meio frustrada.
Aliás, ser mãe é se frustar com coisas que para os demais pode parecer besteira. Mas pra gente, é tão crucial ver nossos filhos bem, que quando eles adoecem estando longe dos nossos olhos, essa frustração parece ter o peso da culpa também. Afinal, na nossa cabeça, se estivesse conosco não adoeceria, pelo menos não com tanta frequência. Se estivessem pertinho, ajudaríamos a dar os primeiros passinhos e as primeiras palavras certamente seriam relacionadas a nossa convivência.
Mas, a vida segue. Com trabalho, escolinha, casa pra cuidar e todo o resto do mundo que nos circunda.  Vamos aguardar novos capítulos felizes dessa nossa nova fase.