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sábado, 4 de junho de 2011

Prevenir sempre!

Eu sempre costumo dizer que quando eu estiver bem velhinha não vou ter nenhum probleminha de saúde. Isso porque já tive todos eles enquanto jovem. Já vim ao mundo com um problema de visão sério ocasionado por uma toxoplasmose adquirida por minha mãe na gestação, depois no final de 2005 tive uma TVP - trombose vascular profunda e há dois anos atrás retirei a tiróide por causa de um tumorzinho maligno. Tudo isso foi encarado de frente e superado. Agora que descobrimos minha gravidez, vimos que alguns destes probleminhas lá de trás ainda precisam ser encarados como probleminhas que podem voltar se não forem prevenidos nesta fase tão importante. Isso mesmo, prevenidos. Segundo os médicos, vários médicos, a principal coisa a ser atentada é a possibilidade de eu ter novamente uma TVP, visto que com o aumento do peso a circulação tende a ficar mais complicada e também pela incidência de casos de trombose em mulheres grávidas ser muito maior.

O fato é que fomos em várias consultas com médico vascular, clínico geral, ginecologista e todos falaram a mesma coisa "a melhor solução vai ser um tratamento preventivo". Tudo bem, vamos então à prevenção. Foi só quando o médico vascular me explicou o que seria que me bateu um certo medo. O tratamento consiste em tomar uma injeção todos os dias da gestação, isso mesmo, todos os dias. Não pode ser uma injeção por semana? Não, uma por dia! Foi o que ele me disse. Nessa hora me bateu um medo do tipo "será que pode causar algum probleminha pro nosso bebê?" E sério, pra uma mãe de primeira viagem isso realmente assusta. Fiquei realmente nervosa, dormindo mal por algumas noites até que fui conversar com o Dr. Renato e ele me tranquilizou. Explicou novamente que não faria nenhum mal e que as vezes a gente acha que ter uma gravidez ou uma saúde normal é significado de que tudo vai dar certo e muitas vezes isso não ocorre.

Beleza, vamos então encarar o tratamento. Cuidar bem para que tudo aconteça da melhor maneira possível. Aí veio a segunda parte que assusta a principio: o valor desse medicamento, ou seja, ele é meio carinho!!! Decidimos que vamos fazer e encarar inclusive essa parte, pois essas questões materiais a gente sempre dá um jeito e de fato sempre dá mesmo. Mas resolvemos tentar esse medicamento pelo SUS, nosso dito sistema único de saúde. E aí realmente começa o jogo de paciênciaa.
  1. Pegamos um encaminhamento do médico vascular para tentar conseguir o remédio junto ao SUS;
  2. Fomos na Unidade de saúde mais próxima da minha casa para se cadastrar no programa Mãe Curitibana
  3. Fala com muitas e muitas enfermeiras, secretarias, assistentes de saúde e ouve de quase todas "Ah, mas você tem certeza que vai querer pegar o medicamento aqui? Pois se você quiser vai ter que vir consultar todo mês com a gente" Oras, se eu conseguir o dito medicamento vou vir todo mês consultar sim.
  4. consulta com um santo médico que faz todos os requerimentos necessários para o pedido do tal medicamento e que me deixa bem esperançosa de virmos a conseguir as injeções pelo SUS.
O fato é que a resposta positiva ou negativa só vai sair dentro de um mês. Enquanto isso vamos fazendo o tratamento e acreditando sempre no melhor possível. Sabem aquelas frases de que ser mãe é padecer no paraíso? Pode parecer piegas, mas é verdade. Eu mal entrei no mundo da maternidade e já concordo, pois não importa o empenho que é ir todos os dias tomar o medicamento que dói por uns cinco minutos, não importa o que vou ter que abrir mão de comprar para poder obter o medicamento... tudo é muito pequeno perto do amor que já sentimos por nosso bebezão.

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